Luana
Era tarde quando eu abri a porta da casa , estava muito frio. Lembro-me neste instante, algumas passagens. Era meia-noite e eu estava acompanhado de uma bela moça, vestia algo preto, um casaco elegante. Tudo aconteceu à noite , enquanto eu passeava no bar da cidade, sozinho de costume. Eu encontrei a moça e comecei a conversar com ela, tive atitude e venci a timidez. Ela estava fora do bar, logo na entrada e era branca , igual a uma luz dealbada , os cabelos eram pretos , um contraste incrível. Ela me disse que esperava umas amigas, mas já estava tarde e nervosa porque elas não vinham.
Pensei que ainda estava cedo para ir embora, então combinamos de parar para conversar melhor. O nome dela era Luana , e tinha a mesma idade que eu , 19 anos. Era de uma cidade do interior de Minas Gerias, chamada Mondiva . Praticamente, o mesmo número de população que qualquer cidade de interior, portanto não tão pequena , mas não média. Disse que estava mudando porque iria morar com os pais, e eu não conversei sobre isso em detalhes.
Foi quando começou a chover, e então fomos obrigados a tomarmos uma decisão para onde iríamos ir, e daí eu resolvi que iria levá-la embora para sua casa porque estava tarde e nenhuma amiga tinha vindo. Quando ela estava no caminho de sua casa, começou a chorar, e eu não sabia o motivo, estava muito confuso. Tramei então algo para consolá-la, mas ela continuou a chorar.
Depois de um tempo, a faina minha fora inútil , eu acabei levando ela embora, mas quando ela ia sair do carro, para então entrar na sua casa, ela chorava , estranhamente. Foi então que sugeri que fôssemos em casa, para conversar. e Luana negou. Esperou se acalmar e retirou de sua bolsa um remédio , e em seguida tomou. Passados uns quinze minutos depois, Luana dormiu e eu comecei a me preocupar, estávamos no carro indo para sua casa, quando ela apagou. Eu a cutuquei e disse várias vezes o seu nome, mas ela não respondia . Pensei então em levá-la para o hospital, mas no caminho ela acordou e me disse que tinha remédios contra a depressão.
"Poxa vida Luana, você quase me matou de susto, o que aconteceu " disse eu.
" Me desculpa, eu nem avisar a você , mas é que eu estou em depressão e preciso de uns remédios , eu até durmo, desculpe-me."
Eu , naquele instante não conseguia pensar, tinha ela ao meu lado, tudo estava em um ar de suspense . Talvez porque sabia que algo iria ocorrer, talvez , estava contemplando a sua amizade.
Depois de duas horas , acho no carro conversando, nós então resolvemos algo. Eu a convidei para ir em casa , já que ninguém tinha um telefone , para ela ligar para as amigas dela e ir buscar ela, ela concordou. Fomos até em casa, eu a servi um copo de água e enquanto isso, eu fui buscar o telefone para ela ir buscar , deixei o copo de água meu em cima da mesa. Ela esperou-me , e não me recordo com precisão, mas o copo parecia estar em perfeito estado, cristalino igual a água. Mas eu sei que senti um sono tremendo, algo soporífero atacou-me. Não aguentava a mim mesmo, sendo obrigado a se opor a ela, devido a má indisposição. A situação começou a se tornar chata, eu então disse.
" Luana, estou com um sono terrível, não sei porque, mas isso não acontece comigo. Depois de ter passado uns 5 minutos que você ligou para suas amigas, um sono terrível começou a surgir, e eu não sei o que fazer."
"Tudo bem, eu já até liguei para as amigas e elas estão vindo me buscar. Eu irei deixar o meu telefone em cima da mesa, ligue para mim assim que melhorar. Eu agradeço muito a sua atenção, porque eu estou realmente bem agora. Muito obrigada."
E depois, Luana se foi, e eu pensei em preparar um café. Mas caí em um sono, e não me lembro de nada depois desta hora. No dia seguinte, eu acordei na banheira de casa, um frio tremendo parecendo um peixe morto na feira, e uma substância rubra escorria suavemente, quando eu fui tocar em um aparente ferimento acima da cintura, senti um esparadrapo.Não entrei em pânico, mas eu associei isso tudo com Luana. Gelos álgidos espalhados na banheira, quando então notei um anúncio perto do telefone da banheira. Dizia: Você foi um doador de rim, ligue para o hospital mais próximo antes que você morra, muito obrigado pela colaboraçâo. Até.
Não poderia acreditar, era tudo um conto de fadas e eu estava caindo, certamente Luana era uma atriz e tanto, armando tudo isso.
Passaram-se dias quando eu procurava sobre o paradeiro de Luana. Agora tenho insônias, tornei-me um misantropo, e nem mais sozinho saio à noite. Não vi nenhuma notícia sobre este golpe, eu acho que fui o único da cidade, Luana não poderia me perder tão facilmente, já que estava interessado nela , sua amizade. O médico disse que eu estou bem, voltarei a ter uma vida normal, mas normal mesmo não será. Vivo na solidão, que agrada-me porque penso , agora
Luana , se você estiver lendo isto, atenda o telefone. Precisa esclarecer essas coisas que aconteceram comigo, ou não?
